segunda-feira, 26 de outubro de 2009

FUNERAL DE LUXO EM SÃO PAULO X NETWORK

Caros leitores,

Primeiro quero agradecer a todos os internautas que visitaram o nosso Blog e deixaram os seus comentários.
Gostaria de ressaltar o comentário muito perspicaz de um “anônimo”, que inclusive deixou o convite para reflexão no post “Funeral de Luxo”.
Eu aceitei o seu convite, caro colega! O seu comentário foi uma grande “sacada”!
Esses funerais luxuosos, em algumas das vezes, pode ser o desejo do falecido.
Quem já não ouviu... “Quando eu morrer, eu quero uma festa chique?”Mas, em outras vezes, deve ser desejo dos “vivos” que o funeral seja se acordo com o seu status social, para expor a sua condição financeira privilegiada, e até, quem sabe, estreitar o relacionamento com este ou com aquele e aproveitar para fazer “Network” como o colega falou em seu comentário.

Falando dos vivos...
Aqui em São Paulo, nós respiramos negócios. Não é por nada que representamos a maior parte do PIB dentre as cidades brasileiras.
Dê uma olhada nos números da cidade de São Paulo:

• Orçamento anual de R$ 15 bilhões com arrecadação de mais de R$ 90 bilhões;

• O PIB paulistano em 2005 foi de U$ 102,4 bilhões segundo dados do IBGE, hoje isso representa 15% do PIB Nacional;

• Gera mais riqueza do que 22 estados norte-americanos (como o Hawai e New Hampshire, por exemplo), segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio);

• São Paulo abriga 63% das sedes de grupos internacionais instalados no país, de oito das dez maiores corretoras de valores e cinco das dez maiores empresas de seguros, por isso, é considerado o Centro financeiro da América Latina;

• Ocupa a 14ª colocação do ranking de cidades-globais, criado pelo Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC), da Universidade de Loughborough, do Reino Unido. Uma cidade-global tem supostamente a capacidade de influenciar a economia em nível global. Londres e Nova Iorque são, respectivamente, os 1º e 2º colocados da lista de 2007;

• Aqui são realizados mais de 90 mil eventos por ano e 75% das maiores feiras do País. Esse mercado movimenta R$ 2,4 bilhões por ano – R$ 700 milhões em locação de espaço, R$ 700 milhões em equipamentos para serviços e R$ 8 bilhões em viagens, hospedagem e transporte terrestre e aéreo

• Se fosse um país, São Paulo ocuparia a 47ª maior economia do mundo, à frente de países como o Egito e o Kwait. No âmbito da América Latina, seria a quinta maior economia, empatada com o Chile e cinco vezes superior ao Uruguai.

• Foi classificada como a 2ª cidade mais rica da América Latina, perdendo apenas para a capital argentina Buenos Aires em um estudo feito pela Price Waterhouse & Coopers (PWC). Os cálculos deste estudo são baseados no poder de compra da população – e como São Paulo possui mais de 10 milhões de habitantes, o PIB per capta não é tão significativo. Em âmbito mundial, São Paulo e Buenos Aires ocupam o 19º e 13º lugares, respectivamente. A campeã foi Paris, capital da França;

• Em São Paulo são realizadas dez transações via cartão de crédito ou débito por segundo, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS);

• Possuímos a maior frota de carros do país, com cerca de cinco milhões de veículos em 2006 (cerca de um carro para cada dois habitantes), segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

E dá-lhe "NetWork"
Os meios de transporte estão lotados, sejam os trens, ônibus, carros e até aviões, e todos estão indo ou vindo do trabalho, todo mundo muito ocupado!
Não estranharia que entre um velório e outro as pessoas não aproveitassem para trocar os famosos cartões de visita!
Eu sinto falta do tempo em que as pessoas podiam “jogar conversa fora”, contavam piadas apenas para se fazer rir, almoçavam com outras pelo simples fato de estarem juntas, sem ter a preocupação apenas de fazer “Network”. Hoje, não raro nós ouvimos: “Eu preciso ir almoçar com fulano”.
Precisa?
Não que a rede de relacionamentos profissionais não seja boa, ela é muito útil. Não sou contra, mas parece que as pessoas estão levando muito a sério este negócio!
Se continuarmos assim, para fazermos amizades vamos ter que enviar primeiro o currículo para o potencial amigo... rs..rs.. rs..rs..
Será que nossos relacionamentos estão ficando tão frios quanto aos defuntos?
Dê sua opinião!

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Antonia Edileuza

9 comentários:

  1. Para quem já viveu este momento de fúnebre "Numa hora de dor, nem sempre as pessoas têm cabeça para pensar em tudo", contratar uma empresa que possa auxiliar os familiares, amigos numa hora desta é muito importante, verificar se todos estão se alimentando bem, se há alguém com sono ou precisando de um analgésico e fazer uma recepção de apoio, lembrando que muitas vezes vem pessoas de longas viagens para funeral, neste caso não vejo frieza, mas sim um ato humano, mas sabemos que hoje faz parte do Mercado de Negocio, que está crescendo ultimamente aqui no Brasil, devemos ficar atentos ao contratar um serviço deste para não virar um” show de MPB” com música ao vivo e muitos outros ATRATIVOS. Diz Adriana Saraiva “Alguns cuidados fazem toda a diferença nesta hora” e lamenta por todos aqueles que não têm este apoio funeral, isso é evento para Classe A.
    É importante esta informação á população! Encaminharei este blog para meus amigos com enorme satisfação! Obrigada

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  2. Tambem sinto falta dos relacionamentos mais de amizades , hoje em dia amizade é coisa rara , é mais para manter Network , pois nunca sabemos o dia de amanha, por isso as pessoas precisam manter um bom relacionamento com todos , muitas vezes com muita falsidade.
    Enfim concordo que os relacionamentos estão frios como os defuntos.

    Ass: Thiago Martins da Silva

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  3. Eu acho que a correria do dia a dia é que nos fazem frios com as amizades, depois q. inventaram emails, celulares, a amizade pura ficou fria, distante. Em um funeral, os amigos se abraçam, se falam "devemos nos ver mais", más a realidade é outra, cada um pro seu lado e se sobrar tempo!!!! Até o próximo funeral.
    ass.Álvaro

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  4. Particularmente acho isso de funeral de luxo uma coisa que não se encaixa num pais como o Brasil, onde a desigualdade social e tamanha. Enquanto alguns morrem de fome, ou pedem nos faróis, o ricaço Eike Batista compra uma camisa da seleção por alguns milhões, bem o dinheiro é dele faz o que quer. Mas a culpa é de quem ???

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  5. O mundo gira em torno do dinheiro e as pessoas principalmente não conseguem deixá-lo de lado, tem que fazer parte da sua vida e também da morte.
    Com essa postagem percebemos que até mesmo na morte existe a diferença absurda das classes sociais.
    Um pobre morre e mal a familia tem o dinheiro para o sepultamento. Fazem tudo parcelado e com muita dificuldade. Escolhem o cemitério mais acessível e não o mais próximo da sua casa,o caixão é o mais barato possível,enquanto que os mais bem sucedidos escolhem os melhores e mais luxuosos cemiterios, com os melhores caixões, alguns até com itens de ouro.
    É uma discrepância muito grande!!!!
    Todos deveriam ter o direito de ter um sepultamento digno.

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  6. È, realmente as amizades de hoje em dia estão como os defuntos...
    Talvez seja por causa dessas novas tecnologias... As pessoas agora só se falam por telefone, e-mail e sites de relacionamento.
    Até mesmo quando morre alguém, a comunicação é fria... Recebemos uma mensagem ou e-mail dizendo: Fulano MORREU !!!! E muitas vezes trocamos até no nome do defunto...rsrsrsr....Ou mandamos mensagem ou e-mail para deseja MEUS SENTIMOS!!!.
    Isso é realmente uma amizade fria e a tendência é piorar....

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  7. Renato Feitosa disse...

    Como amigo anônimo e agora me apresentando, fiquei contente ao voltar a visitar o site e ver que minha discussão gerou polêmica para boas abstrações. O assunto é polêmico e muitas pessoas não sabem como também muitas não querem saber. Nesse caso, pode ser um momento para rever os amigos de muito tempo e descobrir os negócios, conversa vai e vem e depois de uma semana os telefonemas.

    Parabéns pelo Blog e me surpreendo a cada vez que acesso.

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  8. Emerson Rozati

    Na verdade todos nós estamos procurando alguns minutos a mais e não encontramos, sempre achamos que vai dar tempo, mas não dá. Pare neste exato momento, tenho certeza que vc dirá agora não posso preciso de uns 10 minutos para terminar isto. Só espero que a morte não venha com tanta pressa e que segure um pouquinho mais esse bendito ponteiro ..... rsrsr..

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  9. Quem diria que a morte taria tanto dinheiro...é uma verdadeira indústria.
    Alguns, ficam até mais ricos com a morte, quando seus familiares deixam heranças e seguros "gordos".
    Eu prefiro ter a pessoa do meu lado, pobre, do que ser rica e sem a pessoa.

    Tamar Cristina

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