domingo, 4 de outubro de 2009

A história do Primeiro Cemitério na Cidade de São Paulo e o surgimento do serviço funerário

Antes da criação do primeiro cemitério na cidade de São Paulo, as pessoas eram enterradas nas igrejas, seguindo uma tradição européia, mesmo que esta já tivesse sido extinta no séc. XIX. Nas igrejas, na hora do sepultamento, os corpos eram depositados na sepultura sem o caixão.
No séc. XVIII, os inventários e testamentos já mencionavam que a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo tinha o privilégio de realizar a cerimônia do sepultamento. Ela era responsável em “alugar” tumbas, ornatos e os acompanhamentos.
A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo tinha o compromisso de realizar o enterro com decência e dignidade.
Com o problema da insalubridade e o aumento populacional, a partir da 2º década de 1820, influenciados pelas idéias iluministas e pelo positivismo, médicos e sanitaristas começaram a contestar essa prática, que poderia trazer problemas à saúde pública.
Sendo assim, alguns homens, como o Sanitarista Libero Badaró, começaram a se preocupar na criação do primeiro cemitério público em São Paulo.
Em 1856, a Assembléia Legislativa Providencial de São Paulo, aprovou o Primeiro Regulamento para os cemitérios para a cidade paulista. Com esse ato, houve muitas revoltas por parte das pessoas praticantes do cristianismo, pois já haviam incorporada a idéia dos enterros nas igrejas.
Em agosto de 1958 surgiu o Cemitério Municipal, que hoje é chamado de Cemitério da Consolação.
Ele foi criado para enterrar pessoas de diversas classes sociais, principalmente os escravos, agregados, senhores dos escravos, homens livres abastados e pobres estrangeiros.
Com a mudança dos costumes, hábitos e o aumento de uma elite cafeeira e industrial, houve a necessidade de mudar o perfil dos enterrados, já que o Cemitério está localizado aos arredores onde a elite de São Paulo morava e reside ainda hoje.
Quando o Cemitério Municipal foi criado, surgiam candidatos, que quisessem cuidar dos transportes dos falecidos, tirando o monopólio da Santa Casa de Misericórdia.
E até 1945 diversas empresas exploraram esse tipo de serviço, mas finalmente em 19.04.1976, com a Lei 8383, houve a reestruturação do serviço funerário do Município de São Paulo, dando mais dinamismo e mobilidade.


Bibliografia:


http://pt.wikipedia.org/wiki/CemiteriodaConsolacao, extraído em 12 de Setembro, às 14:45.


2 comentários:

  1. Nossa Muito Interessante Nunca Pensei que tinha começado assim! xD
    Otimo Blog tao de Parabens!
    BjoO's

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  2. Naquela época as igrejas eram usadas como : escolas, creches, hospitais, asilos, etc. É por isso que existiam muitas igrejas.

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